CULTURA (ARUTLUC)

Feriados:
17 de Maio: Paragem total de todas as pessoas, reunião na praça central para comemorar, relembrar e elogiar os fundadores de Siodopurg. Feriado mais importante e mediático da sociedade.
4 de Junho: Dia mundial do siodopurguês (ser), marcado pelo nascimento do primeiro ser mutado.
1 de Janeiro: Marcado pelo início da contagem do ano zero, a partir da criação de Siodopurg.
5 de Agosto: Submerssão total do barco onde estavam os mergulhadores. Passou a ser o monumento mais emblemático da comunidade.
2 de Dezembro: Criação do hino e atribuição da bandeira a Siodopurg.
4 de Janeiro: Dia de adoração ao Deus Rakushka, onde toda a sociedade se recolhe a sua casa para passar o dia com a família em harmonia.
7 de Outubro: Celebração do aparecimento da pérola com os brilhos dourados, dia de troca de presentes entre todos os seres.

Língua:
A linguagem siodopurguêsa é expressa em sílabas, e lida da direita para a esquerda. O facto de ser falada em sílabas, facilita a pronúncia e modo de emissão de sons pelos seres, enquanto que o modo e a forma (palavras ao contrário) se devem a um erro auditivo. Aquando do início da formação dos primeiros seres, a comunicação era feita com as palavras direitas (lidas da esquerda para a direita) no entanto, muitas das vezes as pessoas só percebiam a última sílaba de cada palavra, tendo que conjugar todas as sílabas anteriores, ficando assim a palavra compreendida ao contrário. Nesta sociedade não existe sotaque, todos falam de forma igual.

Rituais/ Cultos:
Não existem rituais nem cultos, apenas superstições. Algumas delas são:
- Não se pode ir para a parte escura e desabitada do oceano senão morrem congelados (só os descobridores é que podem);
- Não aparecer á superfície, senão ficam sem cabeça e o seu corpo é reduzido a pó.

Registo dos nascimentos:
Após o nascimento, cada criança tem que nadar sozinha até casa, para demonstrar ser uma criança saudável. O registo da criança é feito de acordo com o dia em que nasceu e fica gravado na parede da frente da casa como elemento de identificação dos seus moradores. Se algum filho morrer ou sair de casa, o seu nome é apagado.
A partir do momento em que o nome consta da parede da casa, dá-se o ser como baptizado e aceite na família.

Relações conjugais:
Nos ditos ‘casamentos’, não existe cerimónia. O casal que decida viver junto, apenas tem que construir uma casa para si e ter um filho para serem reconhecidos como casal. O número médio de filhos por casal é de três a quatro.
Não existem divórcios devido ao facto desta ser uma sociedade perfeita.
É permitido namorar a partir dos quinze anos, idade em que os jovens entram no período da adolescência.

Raças:
Não existem raças, mas com o cruzamento de gerações foram aparecendo determinados traços faciais, tons de pele mais claros ou escuros, várias cores de olhos, naturalmente transmitidas pelos progenitores.

Mortes:
Quando um siodopurguês morre, o seu corpo é embrulhado em algas e colocado numa espécie de aterro, longe do paradeiro da comunidade. Ali fica a decompor, sendo os seus ossos, posteriormente, usados para criar peças decorativas, colares e outros ornamentos. O facto do corpo ser enrolado em algas é, não só uma forma de respeito pelo ser que morreu e pela sua família, bem como um modo de evitar que se veja o seu estado de decomposição.
Em Siodopurg acredita-se que por cada ser que morre, uma alma se liberta e é dada a um ser que nasce no mesmo dia, ‘reencarnando’ assim, num novo ser. Por isso mesmo, as pessoas que morrem não são recordadas. Acredita-se que, na realidade, não morreram e que apenas a sua alma mudou de corpo.

Monumentos da Sociedade:
O monumento mais emblemático da cidade é o barco que foi outrora utilizado para a reportagem e que está colocado sobre um monte de areia no centro da cidade. É conservado como se fosse uma das únicas recordações dos fundadores de Siodopurg. Este barco contém também um placar onde estão afixadas todas as leis siodopurguesas. Por toda a cidade existem museus que contêm peças raras, documentos escritos (dos jornalistas fundadores) e dentes e partes do corpo pertencentes aos fundadores de Siodopurg.

Comemoração dos aniversários:
Em Siodopurg quando um ser faz anos, a família (pais e irmãos, apenas) deste tem direito a esse dia livre para comemorar o facto de o aniversariante ter nascido e, só por isso, ter contribuído para o desenvolvimento da sociedade.

Hino:
Somos fruto daqueles que morreram (Somos oturf seleuqad que marerrom)
O mundo que outrora existiu (O odnum euq arortou uitsixe)
Nenhum de nós o viu (Muhnen ed són o uiv)
Destruído para nos criar. (Odíurted arap son rairc.)
Histórias contadas, (Sairótsih sadatnoc,)
De momento a momento, (Ed otnemom a otnemom,)
Apenas isso resta. (Sanepa ossi atser.)
Grandes, valentes, únicos, (Sednarg, setnelav, socinú,)
Aqueles que resistiram à extinção. ( Seleuqa euq maritsiser à oãçnitxe)
Aqui, germinou e nasceu o primeiro de nós. (Iuqa, ounimerg e uecsan o oriemirp, ed són)
Diferente. (Etnerefid.)
Esta água é a nossa pátria, (atse augá é a asson airtárp,)
Perfeita acima de tudo (Atiefrep amica ed odut)
Lutando para a estimar, (Odnatil arap a ramitse)
Nada mais existe (Adan siam etsixe)
Para alem do mar. (Arap méla od ram.)
Siodopurg